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Por cá...

Por cá...

Estes dias...

Há dias em que acordamos cheios de força. Sentimo-nos invencíveis e os problemas que enfrentamos, são apenas pormenores que, concerteza irão ser ultrapassados... mais tarde ou mais cedo! Há dias em que acordamos e gostamos do que vemos no espelho... gostamos tanto que mimamos... Há dias em que gostamos do que fazemos, as contrariedades fazem parte e até dão algum sabor nosso quotidiano. Há dias em que cantamos alto no carro, em que rimos de qualquer coisa, há dias em que qualquer companhia se torna numa boa companhia...

E depois há os outros dias.

Aqueles em que não encontramos um sentido para nos levantarmos da cama de manhã. Em que a rotina é uma malvada que nos arranha os afazeres e nos asfixia sorrisos e vontades... em que não gostamos do que vemos no espelho...

Há dias em que nos sentimos asfixiados por problemas que não conseguimos resolver. Eles parecem-nos sempre maiores que nós. Invenciveis... ´

Eu encontro-me nesses dias... e não pensem que sinto os braços cansados... porque não sinto. Tenho medo apenas... muito medo. Medo de ser vencida, medo de falhar, sei lá. E o medo paralisa-me. E então acontece, toda a fragilidade que tentamos vencer e que combatemos todos os dias, nos derrota. Leva a melhor. E por momentos, por instantes ainda que muito passageiros e repentinos, a palavra 'desistir' passa-nos pela cabeça... Não há como evitar. Podemos afastar de imediato tal pensamento, mas ele passa por nós.

É nestas alturas que eu me lembro do Jorge... (o tanto que o meu coraçãozinho bateu por ele, dá-me legitimidade para este tratamento tão próximo e familiar) E de como ele me dizia, na pior fase da minha vida, quando eu pensava que já nada fazia sentido, 'Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar. (...) Enquanto houver ventos e mar, a gente não vai parar...''

 

Hoje a autora de um dos blogues que sigo, perguntou-nos em jeito de desafio, se tinhamos alguma musica especial que nos marcasse. Eu tenho muitas... uma delas é esta... é a que não me deixa baixar os braços e desistir.

 

 

...

Ela tinha pouca coisa para lhe dizer... apenas alguns 'nãos' que calou. Outras tantas explicações que lhe foram caladas com beijos...

Sente a alma acorrentada. Já nem se importa

 

 

Ainda hoje... em tempos volvidos

Nunca esqueceste porque não quiseste.

Ainda hoje o esperas... ainda hoje esperas que ele volte, com um pedido de desculpa e de braços abertos.

Ainda hoje, tens a secreta esperança de voltar um dia. Ao mesmo lugar, às mesmas mãos e ao mesmo corpo que amaste (amas?) e que julgaste que te amavam de igual forma. E ainda hoje, existem dias em que é para ele que escolhes o que vestir. É para ele que penteias os cabelos loiros e que passas o baton nos lábios.

É ele que esperas que te espere a cada chegada a casa. É com os braços dele que sonhas, é o sorriso dele que esperas ver em cada homem com quem te cruzas. Cada homem que amaste, foi uma tentativa de o encontrar... no cheiro de cada um, no sabor de cada um. Numa palavra, numa canção. É o fantasma dele que deixaste que permanecesse na tua vida que te dá alento, que te perfuma os dias, que te inunda os sonhos...

 

E no fundo queres que ele derrame as mesmas lágrimas que derramaste. Queres que ele sinta a mesma dor. Que seja consumido pelo mesmo desejo, pela mesma raiva, pela mesma tristeza que um dia te consumiram a ti. E queres sentar a ver. Implacavelmente serena... queres devolver-lhe todo o amor que tinhas para lhe dar e que ele um dia não quis. O mesmo amor que guardaste até hoje... e que apodreceu em ti e te envenenou dessa forme, fazendo de ti quem és agora... E queres servi-lo assim... podre, amargo e frio.

Diz que é de Shakespeare...

''Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas num instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que o seu melhor amigo é você, e que podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus actos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que a paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que tem, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

Reflexão

Hoje acordei a custo, isto de andar a ler, absorta em livros, tem que começar a ter uma hora limite... Meti algumas resoluções na cabeça e concentrei-me nelas... vim a pensar no carro - sempre a 90 km/h na A29, acho que depois do fatídico acidente a 18 de Janeiro deste ano, o meu pé ganhou outra leveza... mais subtilidade até. Cheguei ao escritório e fiz uma lista das coisas que precisava de mudar antes que esta minha vida simples e já de si contida, não resvalasse para o incontrolável. E aqui falo de mil e um factores... falo de amores, de sentimentos, de dinheiro, de tempo, de amizades, de vontades e de familia... tudo baralhadinho nesta minha cabecinha.

Quem me conhece, sabe que eu não sou de me deixar vencer. Por nada, por ninguém.

Assumo os problemas e não finjo que está tudo bem... por isso aquelas velhas máximas do 'Deixa estar, as coisas vão melhorar!'' ou ''Não te podes abater, acredita que as coisas mudam!'' comigo raramente funcionam. As coisas mudam e podem melhorar sim sra., mas isso apenas se nós (neste caso 'eu') fizer para que isso de facto aconteça. E é apenas nisto que eu acredito: que nós temos o poder de construirmos os nossos dias, os nossos afectos e a nossa vida inteira como queremos. Não podemos controlar tudo é verdade. Não podemos evitar que as catástrofes aconteçam, mas podemos recomeçar sempre, podemos identificar que está mal e o que é preciso mudar, quer na nossa vida quotidiana, quer no nosso modo de ser. Por isso nunca me acomodei, sempre acreditei que as coisas podem melhorar... sempre.

O segredo nisto tudo, está no facto de não nos compararmos com os outros, nem compararmos a nossa vida com a dos outros, mas sim com o melhor que podemos ser.

''Adoro quando um filme dá certo".

Lembro-me de ver esta série dobrada num brasileiro manhoso, aos sábados à tarde salvo erro. Troquei imediatamente o Poupas Amarelo pelo capitão Hannibal Smith e este fim de semana fui ao cinema. Tinha previsto assistir ao 'Escritor Fantasma' do velho Polanski... mas o Esquadrão Classe A levou a melhor. Não esperem um grande filme, mas sim, um tempo bem passado de puro entertenimento. E às vezes também precisamos de um filme assim: divertido, absurdo e louco... que nos faça rir, comer pipocas e pensar que valeu a pena cada sorriso que nos provocou. E aqui, temos isso tudo.

Não achei o filme um mau filme apesar tudo. Posso dizer que o filme é um filme competente. Fiel à série (que pelo que me lembro também foi sempre meio louca, muito mirabolante), muita adrenalina, sequências visualmente cativantes, mas muito irreais também.

A dinâmina entre os 4 soldados está muito bem construida, tal como na série. E era isso que importava afinal de contas: a fidelidade à série que nos cativou e que nos levará às salas de cinema agora. Nem fazia sentido que fosse diferente. Na minha opinião, o melhor deste filme é o elenco (apesar de achar o verdadeiro B. A. Barracus, personalizado pelo Mr T., mais apetecível do que este aqui recriado, era mais carismático e por isso talvez até mais dificil de igualar). Liam Neeson é para mim um sr. O eterno Shindler, mas que aqui demonstra a sua versatilidade ao encarnar o inteligente e ousado capitão Smith.

No filme, é-nos mostrado como é que se unem os 4 soldados e tal como na série é descrita uma missão; neste caso, a missão em que são enganados, condenados injustamente e levados a viver como mercenários.

Não é nem por sombras um grande filme: é um filme comercial acima de tudo e só quem, como eu era amante da série é que poderá sair satisfeito da sala de cinema com este filme. Eu gostei. Ri e saí de lá bem disposta. E era tudo o que pedia.

 

 

(Adorei o Liam Neeson na pele de Hannibal Smith, Bradley Cooper no galã de Faceman, Sharlto Copley como o louco Murdock e Quinton Jackson como B. A., ainda que um pouco menos carismático)

 

 

...

No dia 18 de Agosto, todos os anos, saímos juntos para te relembrar. Vamos sempre ao mesmo lugar. Onde tu adoravas ir.

No dia 19 o pai faz anos. Eu sei que ele não se lembra deste dia com muita alegria ou entusiasmo para comemorações, mas tentamos sempre não pensar nisso e assinala-lo de alguma forma. Levei o bolo da padaria aqui do lado do escritório. Eu sei que ele adora os bolos de cá. Estava bem disposto e até fez piadas à mesa vê lá tu. A E. foi fazer a amniocentese. Desconfiavamos por isso que o B. não aparecesse e ficasse com a mulher em casa... Acredito que vai correr tudo bem e o Rafael vai nascer sudável e forte... ainda se vai juntar ao Zé para fazer asneiras vais ver... só esperamos é que não tenham o mesmo sentido de humor. E então o B apareceu. Só faltou o M. e aqui nem sei que te dizer. Jantamos, partimos o bolo depois de cantarmos os parabéns daquela forma estranha do costume, em que cada um canta ao seu ritmo e quando um bate palmas já no fim, o outro ainda vai a começar a canção... só para ter mais piada. Temos todos muitas saudades tuas. E eu sei que tu sabes disso.

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