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Por cá...

Por cá...

Pendências...

Sabem aquelas coisinhas pendentes que vamos adiando, adiando...? Tenho que passar no IEFP um dia destes. E tenho que ligar para o banco para resolver aquele assunto pendente. E tenho que pedir a referência para pagamento daquela conta que eu sei que no dia x não foi debitada. E ainda há que negociar aquele crédito para refazer os planos de pagamentos acordados de forma a prestação me ficar um pouco mais confortável agora que começo nesta fase nova...

Hoje foi o dia.

Done! E com isto, acho que perdi 5 kg :)

 

Infâncias

Um dos meus part-times é num ATL, e estar com os miudos (e pais) todos os dias fez-me ver que muitas coisas mudaram desde que eu era miuda e andava na escola.

Uma vez pedi à minha mãe para me inscrever numa actividade qualquer (não me lembro qual, eu queria fazer muita coisa na altura). Disse que tinha que ver bem. Porque tinha a escola, os TRABALHOS DE CASA, a catequese e depois não tinha tempo para mais nada, nem para brincar com os amigos. Uns anos depois fiz ginástica ritmica. Adorei. Como nunca soube nadar bem e a natação era o desporto saudável e completo por excelência na altura (e vá, porque quase toda a gante praticava), pedi ao meu pai para me inscrever (a minha mãe já tinha partido entretanto). Respondeu-me a mesmíssima coisa. Além disso, já tens a ginástica. 

Lembro-me também de quando fazia asneira. Umas vezes eram uns ralhetes, outras o castigo e muitas delas a tal palmada. Na adolescência, essa fase da parvalheira, tenho noção das muitas asneiras que lhe disse da boca p'ra fora e que resultaram num estalo bem assente nos dentes como ele dizia. Para aprender a não ser malcriada, respondona ou mal educada. Se estava correcto? Não sei. Se me traumatizou? Não! 

Isto tudo por causa desta nova moda de educar pela palavra e não pela palmada. Não defendo a violência e o bater por bater, mas se me perguntarem das discussões, muitas das coisas que o meu pai me disse ainda hoje me ecoam no peito. E no outro dia, uma das meninas do ATL, educada pela palavra, teve uma discussão com a minha colega, com os outros meninos e posteriormente ignorou a mãe quando foi chamada a atenção. A discussão entre elas subiu de voz com coisas muito feias ditas uma à outra. Pergunto-me o que será mais traumatizante. Ouvir e dizer aquilo, ou levar uma palmada para aprender. 

E a agenda dos miudos? Mais preenchida do que a minha quando tinha 4 empregos. Escola, natação, esgrima, ballet, ATL, catequese, futebol, musica... depois é ver os pais comentarem que não deveriam haver trabalhos de casa porque as crianças andam sobrecarregadas e não têm tempo para brincar e para serem crianças. 

O N. tem 7 anos e vai de tablet para escola. Para brincar e ser criança. Right..

 

 

Sonhos - Outro objectivo para 2017

Acerca deste post e também destes novos acontecimentos na minha minha profissional, tenho vindo a pensar nessa coisa aí de termos sonhos. Além da pessoa referida do dito post, havia também uma amiga minha que me repetiu ao longo de todo este processo ''não devias desistir do teu sonho.'' (Estou-lhe tão grata por isto. E por outras coisas,é certo)

A verdade é que trabalhar por conta própria nunca foi um sonho. As coisas foram acontecendo. A vida levou-me a trabalhar nesta área que nunca tinha sido sequer equacionada quando andava a estudar e acabei por gostar. Aprendi imenso e modéstia à parte, sei que sou boa no que faço, por isso, após me demitir, quando comecei a pensar no que queria fazer, percebi que o que não gostava não era do trabalho em si. Comecei então a procurar trabalho na área e durante essa procura, após alguns clientes me contactarem e perguntarem quase todos o mesmo: ''porque não avanças por tua conta pá?!''as coisas foram amadurecendo na minha cabeça e com o apoio de alguns amigos e da familia, lá decidi avançar.

Lá está, não era um sonho, mas aos poucos foi-se tornando num que está a ser realizado. E isso é muito bom. 

No meio disto tudo, pergunto-me onde andam os meus sonhos? Os nossos? Quando era pequena tinha muitos. Queria ser veterinária, cabeleireira, cantora, às vezes no mesmo dia, acordava a querer ser bióloga marinha e deitava-me a querer ser contabilista... Depois vamos crescendo e aquela carga ou obrigação de 'ser racional', 'ir pela lógica' começa a prevalecer e nós vamos perdendo aos poucos a nossa capacidade de sonhar. De querer coisas. Fazer coisas. SER coisas.

Depois há também aquele sistema de crenças que todos temos e que nos limita tanto, o do ''não se pode ter tudo!' ou do 'isto não é para mim', 'é impossível'... cantamos apenas no duche porque é rídiculo cantar na rua ou por aí - lembro-me de cantar no meio da horta, com um tronco de couve a fazer de microfone para a minha vizinha que morava do outro lado da vedação. Depois cantava ela. Era uma de cada vez! 

Vai daí que comecei a pensar no que é que gostava de fazer ou aprender e que nunca o fiz... Dançar. 

Eu não sei dançar. Tenho 2 pés esquerdos. Ou direitos (não distingo a esquerda da direita, faço tudo com ambos os lados, whatever), mas gostava de aprender. Uma das coisas que me fascina são as danças orientais e todos os anos, quando vejo a exibição das bailarinas de dança do ventre penso: ''Oh pá, um dia vou aprender isto!'' Um dia... pois

Outro problema: 'Um dia...' Vamos adiando a vida, já repararam? Passamos a semana toda à espera do fim de semana. O Inverno todo à espera do Verão, O ano à espera do Natal... 

Uma das minhas amigas do facebook é professora de dança oriental. Adicionei-a exatamente por isso, já que só a conhecia de vista e por ve-la dançar (e muito bem!). Meti conversa, agendei uma aula e siga aí realizar mais um sonho. Daqueles que trago de menina e que agora em adulta, eu só não avançava porque achava que ia passar vergonha, que não fazia sentido por já ser crescidinha. Medo de parecer rídicula a abanar o ventre gordo e flácido... Logo eu que, como já disse, cantava para a Marlene, no meio da horta, o 'Chamar a musica!'

 

 

Poupança

 

Tenho vindo a reflectir muito sobre a palavrinha que dá título ao post. 

Muito se tem escrito sobre ela, muitas dicas por aí fora, muitos textos, desafios, dicas e coisa e tal. 

Mentiria se dissesse que sou uma moça poupada. Não sou. Confesso que não tenho uma poupança e considero isso uma grande falha e que constituir uma é neste momento outro dos meus grandes objectivos para 2017. E confesso ainda que não tenho uma boa relação com o dinheiro.

Tenho lido de tudo, desde dicas que considero uteis e desafios interessantes, mas também tenho lido coisas que me parecem demasiado fundamentalistas. Irei poupar porque preciso e quero sentir-me mais segura no dia a dia caso aconteça alguma coisa. Se o carro avariar por exemplo, quero sentir a segurança de ter algum dinheiro de parte que me permita repara-lo. Ou se ficar doente de novo. Ou se aparecer algum contratempo. Como já aconteceu e me fez ter que recorrer ao dinheiro a crédito, o que resultou em divida. Divida essa que me encontro a pagar, mas que não a teria neste valor, ou até de todo se tivesse alguma poupança.

Pergunto-me a que preço muita gente por esta blogosfera fora poupa dinheiro. Não estou a falar de pessoas a passar por dificuldades sérias, que sei que as há e aí entendo. Estou a falar de pessoas que querem poupar e fazem de tudo para o conseguirem. Já li de tudo e muitos dos posts dão a entender que estas pessoas se privam de... praticamente tudo. 

Deixar de ir ao café, trazer marmitas de casa, deixar de comprar muitos produtos no supermercado, deixar a tv por cabo, não usar carro... coisas que eu percebo perfeitamente. O que não entendo bem são os posts auto-punitivos quando alguma destas metas é quebrada. 

Não trabalharemos nós também para nos permitirmos algumas coisas? 

Sim, eu quero poupar, mas confesso que de vez enquando (não sempre, claro), quero poder ir ao café com a colega. Ir jantar fora com os amigos, ver as minhas séries no canal da tv por cabo e não me quero sentir culpada por isso. Ao ler a maior parte dos posts nestes blogs de poupança, sinto-me uma esbanjadora porque comprei uma lata de leite de coco 10 centimos mais cara na mercearia do que no supermercado. Não esperem, sinto-me uma esbanjadora porque comprei uma lata de leite de coco, basicamente. Produto perfeitamente dispensável. 

Eu sei que nestes tempos, tendemos sempre a confundir o conceito de consumo com consumismo e que são duas coisas perfeitamente diferentes. E que é muito fácil sair de uma lógica em que as experiências são mais importantes e passamos a focar-nos nas 'coisas'. Vai acontecendo devagar e quando damos conta, preferimos ir fazer compras ao shopping em vez de passear ao ar livre, ir ao cinema, ao teatro... E eu sentia-me um pouco assim, tanto que começava a ler blogs e artigos sobre o assunto da poupança, mas rapidamente esmorecia. Tinha tomado um café nessa manhã e por isso tinha gasto dinheiro desnecessário, sentia-me culpada de cada vez que fazia uma compra, fosse ela de que valor fosse. E essa culpa fazia-me sentir péssima, tinha que arranjar justificação para tudo, mas mesmo tudo o que comprava, acabava por desmotivar, sentir-me mal e lá acabava eu por comprar qualquer coisa para tapar a nódoa que me sentia. E de cada vez que comprava, sabia que havia alguma coisa errada, mas o prazer momentaneo da compra ajudava a desbotar um pouco essa sensação. 

Mas adiante que o post já vai longo, para 2017, um dos objectivos é poupar e melhorar a minha relação com o dinheiro. Ser mais consciente nas compras, nos gastos e poder viver os meus dias de forma a sentir menos culpa. Tudo ao meu ritmo e da forma que fizer mais sentido para mim.

 

 

 

 

Dietas da Moda

 

Não resisti a postar este vídeo. 

Farta de tanto contra-senso, tanto diz e desdiz do que é saúdavel e do que já foi e não é mais. Do que hoje é um super alimento e amanhã é um alimento cancerígeno. De tanto fundamentalismo e tanta falta de bom senso.

Porque eu sinceramente sinto saudade dos tempos em que comer era uma actividade que dava prazer. Hoje comer é angustiante. Ter que escolher se como o que me vai matar agora ou de cancro daqui a uns tempos. Se a proteína me faz bem ao musculo ou se me dá cabo do rim. Se o ph do meu corpo vai alcalinizar ou se vou ficar com uma cirrose. Hirra!

Posto isto, vou ali fazer os meu lanches para levar para o trabalho: 1 fruta, 1 iogurte e meio pão escuro com queijo. É verdade, um lanche com lactose, gluten e o açucar presente na fruta. Oops...

 

 

Das pessoas que nos surpreendem

Ontem quando o Ele chegou a casa contou-me da reacção dos pais à notícia de que finalmente o meu processo tinha saído deferido e eu poderia finalmente arrancar com o meu projecto. Ambos, em situações diferentes se mostraram contentes e mandaram os Parabéns pala conquista.

Entretanto conta-me em relação ao pai: ''Ele sempre disse 'ela que nunca desista!' ''

Fiquei surpreendida com esta reacção, ainda mais por parte de quem veio. Não que algum dia tenha notado falta de confiança, ou entraves vindos da pessoa em questão, mas foi a que mais apreensiva ficou quando contei que ia pedir demissão. Foi a que mais desconfiou (e agora sei-o e bem que tinha alguma razão) quando contei que ia avançar sozinha com  apoio de alguns clientes e amigos e a que mais perguntas retóricas fez num almoço de familia.

Mas agora, quando após meses a dar murros em ponta de faca, com os processos devolvidos uma 4ª vez, com a motivação a esmorecer e a maior parte das pessoas a perder a fé e eu própria à procura de novo trabalho das 9 às 5 porque já não tinha mais onde ir buscar força, eis que logo aquela pessoa diz: ''Não desistas agora!''

 

E é assim que algumas pessoas nos surpreendem. Umas pela positiva. Outras nem tanto, como tudo na nossa vida. Resta-me agora, com esta nova carga de responsabilidade, novos horários e nova profissão, agarrar nestas minhas pessoas e seguir em frente. Devagarinho, como me dizia ontem a Directora do espaço que vou representar. (Carago, isto soou tão bem!)

 

18º dia

Parece então que 2017 se está a redimir. 

Aos poucos as coisas vão acontecendo, as pontas soltas encontram solução e eu vou-me animando mais nestes dias. Parece que afinal as coisas não eram assim tão impossíveis e o Universo lá arranjou um jeitinho de me mostrar isso mesmo quando eu estava já numa de atirar a toalha ao chão. 

Assim, aqui as rotinas mudam e o despertador tem novo horário para tocar, finalmente. Novas metas e objectivos estão a ser traçados e com eles o friozinho na barriga que é tão normal quando surgem novos desafios, mas ao mesmo tempo o sorriso no rosto e a convicção de que se um dia falhar, não foi nunca por não ter tentado.

 

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