Dos toques. A rebate ou não.
Lembro-me do toque do sino na igreja. Era um toque a morte que eu tinha a certeza que era por mim que soava também.
Lembro-me que o achei grandioso, talvez por parecer que carregava nele toda a dor do mundo. E no fundo achei que era bonito, apesar da sentença que encerrava. Profundamente triste e dilacerante, ecoava por ali fora, até ao mais fundo das minhas veias.
Percebi que o coração, na sua função mais básica de bombear o sangue pode doer muito. Doer até nos sentirmos nauseados. O corpo a desmaiar enquanto nos esforçamos por respirar. E ao espalhar o sangue espalha a dor por cada pedaço de carne do corpo. Até à pele. Às vezes ainda sinto a dor e é por isso que nem sempre suporto que me toquem.