Sequelas
Ontem, conforme combinado dirigi-me ao posto da GNR onde se encontrava o telemóvel roubado (quem não souber do que se trata, procurem a Tag ''assalto'' que agora não me apetece fazer hiperligações. Obrigada!).
Quando lá cheguei falei directamente com o agente que me tinha ligado.
Explicou-me que iriamos tentar fazer o reconhecimento policial através de fotos, mas que o mesmo não seria válido judicialmente. Posteriormente seria feito um reconhecimentos presencial.
Disse-me também que o suspeito já estava detido, por muitos outros roubos... o meu não era caso isolado.
Não me surpreendeu.
Nos dias que se seguiram àquele, eu via aquele homem em toda a gente. Todos os que se cruzavam comigo na rua, no emprego, no café... eram todos aquele homem. Sentia-lhe o cheiro em todo o lado... Não conseguia esquecer.
Era tão mau que eu me obriguei a isso... esqueci-lhe as feições para que quando fechasse os olhos não o visse. Mas lembro-me do cheiro. Da voz...
Vou lá voltar. Não vou desistir... não me peçam para esquecer. Não me peçam para seguir em frente e deixar tudo como está... que o pior já passou. Porque efectivamente não passou coisa nenhuma.
Não se trata de vingança.
Trata-se de justica.
E respeito por mim própria.