Agora com a chegada destes dias de sol, e com o calorzinho agradável que tem feito, e é ver por esta blogosfera fora tanta gente empolgada em fazer dietas e exercícios e mais um monte de sacrificios para ver se chegam à praia e fazem bonito naquele ''bequine''.
Eu entendo-as, porque já fui assim. Mas deixei-me disso e fui mudando os meus hábitos.
Podem dizer: ''Ah, mas tu dizes isso, porque és magrinha e mais não sei quê...'' Sou, mas já houve alturas em que não era. Sempre fiz desporto. Até ao dia em que me magoei e tive que parar. Não havia dinheiro para ginásio, a auto-estima andava pelas ruas da amargura e engordei. E tinha acne, mas não é desta gordura que falamos.
Desesperei. A roupa não servia e eu não tinha dinheiro para andar cá a comprar roupa. Não tinha emprego que obrigasse a cuidar da aparência, por isso caí no desleixo em que caem muitas jovens e mulheres (a isto tudo junta-se ainda o meu primeiro desgosto amoroso... uma coisa assim em grande, de faca e alguidar).
Fazia dietas hoje, mas amanhã, com a fome (ou com o desespero de não ver resultados imediatos) comia este mundo e o outro. Tentava disciplinar-me, exigia muito de mim, passava o dia a pensar em comida. O que podia ou não comer. Daqui a quanto tempo teria de fazer outra refeição... Ooops, não comas isso. Não comas agora... não! Pára! Arrr... que martírio.
Deixei-me disso. Conheci o P*; achei-o giro e comecei a sentir o sentimento reciproco. Sentia-me bem. Comecei a arranjar-me. A cuidar de mim... aos poucos. Por ele (para causar boa impressão claro) e depois por mim, porque dei conta que ''auto-estima'' era coisa que não existia no meu dicionário. Tive o meu primeiro emprego na área em que trabalho agora, e os cuidados redobraram... Primeiro a roupa que ia vestindo. depois cuidados com a pele/ cabelo e essas coisas.
Entretanto comecei a querer adoptar hábitos saudáveis que se refectissem em mim... e aqui entrou a alimentação. Confesso que o facto do meu pai ter um restaurante em que os fritos e comidas mais calóricas e menos saudáveis abundavam, contribuiu um pouco para esta decisão. Aos poucos fui mudando os meus hábitos alimentares. Sem dar conta e de forma gradual voltei ao meu peso normal - 53 kg.
Não me privo de nada. Mas se hoje, vou ao Mc'Donalds ao almoço por exemplo, tenho o bom senso de não comer um croissant ao lanche. E sempre que posso opto pelas escolhas saudáveis. Pão escuro em vez de pão branco. Iogurte e uma maçã ao lanche em vez do sumo de pacote e do croissant... Optar pelas manteigas vegetais, pelos iogurtes magros ou meio gordos, ler rótulos, banir as bolachas cheias de açucar, evitar fritos e ensopados muito gordos quando cozinho... são alguns truques que fui adoptando e que mantenho ao longo dos meus dias, durante todo o ano. O hábito de beber água também se foi enraizando e hoje encaro-o com naturalidade. E esse é, quanto a mim, o segredo.
Enganem-se se julgam que eu ando a privar-me daquele chocolate. Ou daquela pizza antes do cinema, ou daquele jantar de amigos, ou daquela francesinha cheia de molho com batatinhas fritas... nada disso. Apenas não faço disso um hábito durante todo o ano. Até porque depois no Verão, não gosto de sofrer. Nem de me privar do meu geladinho ;)
Eu tenho um Volkswagen Polo, não um topo de gama sim?
É assim tão complicado encontrar uns 4 pneuzinhos para o Angela Mobile?
Aqui a menina, não pode, neste momento de contenção gastar 300€ nuns pneus novos entendem? É a crise, não é que eu não queira... E eu ganho 500€ tão a ver?
Pelo amor da Santa, encontrem-me pneus semi-novos para o chaço, senão eu parto-o à paulada com o desespero!!
A vidinha vai seguindo o seu curso, eu tenho tentado manter-me bem disposta mesmo face às contrariedades e isso é importante. Tenho mantido os objectivos que tracei bem vivos na cabeça para não me permitir desviar dos mesmos. Mesmo assim às vezes é dificil. O sorriso quase que se desvanece, os braços teimam em baixar e os olhos vêm os problemas através de uma lente que os aumenta ainda mais.
Mas eu tenho vencido. É mais dificil manter o sorriso nessas ocasiões, e se eu tenho conseguido tamanha proeza, então também irei conseguir dar a volta à situação, tenho a certeza.
Até porque entretanto a ferida que me preocupava está a cicatrizar [acreditem no sentido literal da frase], o Rafael nasceu forte, os dias estão maiores, as azedas floriram e a vida nunca nos coloca nas costas um fardo maior do que aquele que podemos carregar.
Hoje conversava com uma amiga via skype e ela lá me disse andava pelo FB a ver se encontrava os antigos colegas... tinha curiosidade em saber deles... começamos uma conversa gira sobre o tema. Uns não mudaram nada, outros estão completamente diferentes e dois deles até apareceram em concursos de TV (um ganhou o programa em que participou, o outro foi eliminado entretanto do programa 'Projecto Moda').
No meio disto tudo, começamos a falar do M. De como ele estava giro e tal... o M. foi a minha paixão na escola primária. E depois prolongou-se até aparecer a AJoão. Cabra. Roubou-mo! Ok, a verdade é que ele nunca quis saber da minha pessoa, mas pronto... eu sempre achei que fosse timidez... até que depois, com a chegada da lambisgóia eu abri os olhos para a triste realidade.
No meio desta minha desgraça toda, as minhas amigas riam-se de mim... ah e tal e ele é trengo e parolo, rónhónhó...Pois!
O que é certo é que o pato cresceu e transformou-se num cisne, de peito largo, abdominais definidos, pele morena e com cerca de um metro e oitenta! E aqui a menina pensa agora: Epá, eu sabia!
No fundo eu era como a formiga... queria agarra-lo naquela altura, para agora ter algum conforto e calor nas tarde de inverno. Em frente à lareira... sobre um tapete de alce (falso claro, que eu sou pelos animais!!).
Recordei aquele mês de Agosto de 2004. Recordei as palavras de um amigo (o melhor) dizer-me aquilo que não queria de todo ouvir.
Lembro-me do chão me ter sido tirado dos pés, do céu ter desabado... lembro-me de me sentir trucidada por dentro.
Abraçou-me e deixou-me chorar ali, naqueles ombros que já me foram palco para alegrias, risotas e muitas lágrimas. Não conseguia esconder o desconforto que sentia, mas como fazem os amigos a sério, ficou ali...
Depois, chegada a casa, ninguém foi capaz de notar a tristeza ou o peso que na altura carregava. Se notaram não foram capazes de uma palavra de conforto... às vezes um: ''seja lá o que for, vai ficar tudo bem!'' é o sufuciente. Mesmo que esse 'tudo bem' nos afigure muito distante, ou pelo menos quase impossível.
Lembro-me de sentir a cabeça pesada e de querer dormir. Muito. Para ver se o tempo passava depressa e quando acordasse já estaria muito bem. Claro que não ficou e quando acordei, voltei à realidade.
Vesti-me e saí. No autocarro, um estranho sentou-se no banco da frente. Passou a viagem calado, até que me perguntou qual seria a melhor paragem para ir ao local X. Respondi-lhe. Agradeceu a resposta e disse: ''Menina, seja lá o que for, vai ficar tudo bem!''
Devolvi o sorriso e naquele momento, enchi o peito de ar e acreditei nele. Respondi um ''pois vai!'' muito convencido. O mundo ficou-me muito mais leve. A resolução da situação afigurou-se muito mais fácil...
Ainda hoje o recordo. Tinha pouco mais que a minha idade. Era bonito, simpático e salvou-me. Nunca mais o vi. Mas agradeço-lhe muito. Ainda hoje
Só gente chatá pá! Hoje é dia de S. Valentim, e onde é que se diz dia de S. consumismo? Epá, deitam tudo abaixo, só porque sim! Vem o Natal, ah e tal, é consumismo! Vem o carnaval, ah eu sou muito original e não gosto do carnaval, porque não vou em carneiradas... e isto acontece em qualquer data, qualquer...
Deixem de ser maldizentes e aproveitem para comemorar sim? Abracem e beijem a cara metade, hoje com mais força vá. E preparem um jantarinho especial, não precisam de gastar dinheiro para comemorar o AMOR minha gente. Deixem de ser amargos...
Eu vou trabalhar com o paizinho que ele precisa de ajuda lá no estaminé para servir os casalinhos... e eu vou. Mas, assim que tiver oportunidade também irei comemorar o dia de S. Valentim.
Vou preparar um jantar especial a dois (sim, lá em casa!), pôr uma mesa bonita, acender umas velinhas... e dar-lhe muitos miminhos. E não, não preciso de uma data qualquer para o fazer, mas se ela existe, porque não aproveita-la em vez de andar por aí ressabiado?! Qualquer desculpa serve para um bom momento a dois.
[E mesmo quando estava sem namorado, fazia desta data, um dia especial. Mimava-me sempre, porque o amor-próprio, também é algo que deve ser comemorado!]
Dizem que não devemos oferecer às pessoas aquilo que gostamos para nós, mas sim aquilo que a pessoa irá gostar.
E eu concordo. Claro!
E quando nos oferecem algo que não gostamos, o que devemos fazer? Não, não me ofereceram nada (apesar de hoje ser o dia de S. Valentim). Mas dei comigo a pensar nisto... e, nestas alturas eu nunca sei o que fazer.
Quando ofereço algo a alguém, sai-me logo um: ''Se não gostares, não tem problema algum, eu troco!'' É que eu prefiro assim. Prefiro a sinceridade do destinatário e dar-me ao trabalho (que não é trabalho nenhum, acreditem) de trocar o presente, do que oferecer algo que a pessoa não irá gostar e que o mais provevel é acabar num canto sem utilidade nenhuma... até se esquecerem daquilo. Ofereço presentes a muito poucas pessoas. Apenas aquelas que me são especiais, por isso quero que o meu presente reflita isso mesmo. E se assim não for, então digam-me. Digam-me lá que eu troco por outra coisa, até acertar :)