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Por cá...

Por cá...

I need holidays

Durante uma conversa de gajas sobre futilidades (inconcretizáveis para mim, infelizmente), mandei um mail todo piroso e cheio de vestidos (sou tão gaja pá) para a Maria, quando deveria ter sido para a Raiozinho.

Perguntei à TST, pelo skype se não tinha recebido os cheques do cliente X, em vez de o perguntar à colega.

Mandei um mail à Raiozinho que deveria ter sido para a Maria... e só espero ficar por aqui...

Se isto não quer dizer que eu preciso de férias, mas assim, com muita urgência, então não sei não...

 

 

Plágio

Uma música, "Parva que sou", dos Deolinda, acordou Portugal para uma verdade abandonada: o desemprego, a precariedade e os baixos salários da juventude, que se consumam na sua desesperança. Estamos a falar de economia, numa linguagem que finalmente se universaliza porque não é de economistas, nem de sindicalistas, nem de políticos. É a voz de Ana Bacalhau e de centenas de milhares de pessoas através dela.

A letra é poderosa mas só se expandiu desta maneira desenfreada pelo efeito de confirmação, por formar um pedregulho concreto do que era gravilha dispersa. Nenhum movimento pediu a música, mas todos pareciam esperá-la para se identificarem como massa gregária - mas separada do resto do País. Não faltarão agora abutres desta deolindomania, partidos a apropriar-se da causa, ideologias a imporem-se, líderes sonhados revolucionários, agentes, prestamistas, comerciantes, vendedores de t-shirts e canecas estampadas. Antes desse desmancho em "pop music", reconheçamos que medra é esta.

O que está a medrar é erva que já chega aos pescoços de quem não quer ver. O fenómeno nasce no baixo crescimento da economia europeia, num continente que se arrisca a ficar para museu, visitado pelos prósperos americanos, chineses, brasileiros, indianos, russos e outras emergências. Nos países periféricos, pior. Foi em Espanha que se inventou o termo "mileurista", que só por bondade se pode aplicar em Portugal, onde o problema não é ter salários paralisados de mil euros... Há quase 300 mil portugueses entre os 15 e os 34 anos à procura de emprego (nunca foram tantos). Somando-lhes os sobretributados recibos verdes e os contratos a prazo, são centenas de milhares. E mesmo nos empregos a contrato sem termo, a escassez é tão grande que se aceitam salários baixos pela promessa de estabilidade.

O curioso é que, dependendo das áreas, nunca saíram das faculdades alunos tão bem preparados como hoje. O Negócios, por exemplo, é uma redacção muito jovem, essencialmente de jornalistas entre os 20 os 40 anos e está permanentemente a entrevistar finalistas de cursos de economia, gestão e comunicação social: nunca foram tecnicamente tão bem preparados como hoje.

Os melhores têm sempre colocação e alguns (cada vez menos) com bons salários e perspectivas de carreira - na banca de investimento, nas consultoras de gestão ou nas multinacionais, por exemplo. Mas o País não é apenas para os génios. Até porque uns e outros estão a sair de Portugal à procura da não-crise. Quantos têm ou gostariam de ter os filhos em colégios estrangeiros - apenas porque isso é um passaporte?

A tese do livro espanhol dos mileuristas é de que a "nova" geração está a ser sacrificada pela "velha" geração, para manter os seus direitos adquiridos, Estado social e empregos residentes. Mas esse livro foi escrito quando Espanha crescia muito. Em Portugal, o problema é agravado pela falta de crescimento económico durante pelo menos 15 anos (dez dos quais já lá vão), o que não cria oportunidades nem empregos. Temos falta de competitividade, precisamos de exportar e, por isso, baixam-se os salários - mas há maior inimigo da competitividade que esta quantidade alarve de impostos? Somos, ademais, um pais desigual, economicamente mais desigual que o revoltoso Egipto (segundo o Índice de Gini, que mede a assimetria na distribuição de riqueza). Muitos preços são feitos para o quartil superior de rendimentos, fixando um custo de vida, sobretudo nas cidades, demasiado caro para o restante.

É estarrecedor ver esta falta de futuro num País que é liderado... por jovens. Nunca tivemos líderes de partidos, e do Governo, tão novos. Mais: os líderes dos dois maiores partidos são ex-jotas! Só que as jotas tornaram-se fábricas de corrupção moral, viveiros de arenques e de tainhas, à espera da sua vez de ser como os outros, os que já lá estão.

Os Deolinda não estão contra as propinas, não abrem trincheiras, não são sequer panfletários. Isto não é um movimento, é um não-movimento, o que já lhes deu a candura de um não agressor, resgatando dos mesmos que infamemente aniquilaram a "Geração Rasca" a simpatia dos que têm pesos na consciência. Hão-de tentar instrumentalizar isto contra o neoliberalismo ou contra o comunismo, contra a esquerda ou contra a direita, mas é mais puro: é política de há 200 anos, de Rousseau, de Tocqueville, dos vértices libertadores da Revolução Francesa: igualdade, fraternidade, liberdade. Fala-se do Maio de 68, compara-se à espontaneidade do Egipto, confirma-se a força não de um líder, mas das redes sociais. Haverá revolta? Ela será de arame farpado ou de veludo? Ficaremos pela melancolia?

Esta canção é uma carta enviada do futuro. Não é um aviso, é uma súplica. Salve, Deolinda.

Pedro Santos Guerreiro no jornal de negócios

Depois da tempestade...

Estes dias tenho-me sentido cansada. Muito cansada mesmo. Os meus dias resumem-se a uma rotinazinha, que sendo saúdavel torna-se monótona e chata. Chego a casa, trato das lides normais, dou atenção aos gatos que não estão para me aturar e mal tenham a tigela cheia de comidia, borrifam-se para mim e para os meus mimos, faço o jantar e de seguida preparo o duche que espero que seja retemperador e vou directa para a cama ler um pouco ou ver o que passa num dos unicos 4 canais que disponho.

Deito a cabeça na almofada e resta-me pensar que haverão dias melhores.

Afinal de contas as azedas já floriram, os dias já estao maiores e depois a tempestade, vem sempre a bonança... ainda que demore sempre um pouco, eu sei que ela acaba por chegar.

Life life...

Hoje saí de casa a correr, feita zombie em consequência de uma noite mal dormida. Sem maquilhagem, sem pequeno-almoço e a sentir-me um trapo. Sentei-me na secretária e tive uma crise de soluços que se prolongou all day long

 

Damn...

Quando as coias me começam mal, o normal é que piorem!

Quem nunca teve galinha...

Não é o resultado do jogo de ontem que me incomoda. Embora me cause caspa no fígado, confesso.

Incomodam-me as piadinhas do P*

Quando levou com 5 secas não o chateei nem um quarto daquilo que ele me chateia a mim agora...

 

Não mereço! {#emotions_dlg.porto}

Se calhar este post também influencia o preço dos combustíveis

Acabei de ler em sapo.pt, nas notícias que os conflitos do Egipto irão influenciar o preço nos combustíveis aqui em Portugal.

Epá, fod*-se! Mesmo!

Recebi o ordenado ontem. Vou pagar as minhas contas e até tenho medo de ver por quanto é que o meu saldo vai ficar. Com esse valor tenho que me orientar nos próximos 28 dias de Fevereiro. E como eu, imagino que se encontre muito mais gente. O meu país está inabitável. Nem sobreviver conseguimos agora... Sinto que trabalho para nada.

Por esta altura tenho medo que me dê uma dor de dentes ou uma dor de estomâgo.

Não por não ter dinheiro para os cuidados de saúde, que, de anti-inflamatórios ainda tenho uma carteirinha em casa. Tenho é medo que isso também influencie na merda do preço da gasolina.

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