Este semana, pousei no carro um saco com um par de sapatilhas [ou ténis para as gentes do sul], 3 t-shirts, dois casacos de desporto e 3 pares de calças de fato de treino dentro. Duas toalhas e uma garrafa de água idem. Já não tenho a desculpa de me esquecer do equipamento em casa. É que não basta fazermos uma lista no dia 1 de Janeiro, em jeito de promessa e resolução para o ano novo. Há que cumprir!
Ontem olhei para as minhas resoluções do ano passado e conclui, de sorriso irónico nos lábios que não cumpri as metas que não me propus cumprir. Nenhuma digna de registo portanto. Não fiz mais desporto porque não me propus a vencer a preguiça. Não li mais porque não soube estabelecer prioridades com o meu tempo e não estive com os amigos a quem não telefonei.
As resoluções são fazem sentido quando são realizadas e levadas a bom porto. Quando damos um fim ao que iniciamos, caso contrário não se tratam de resoluções, mas sim de intenções. E eu em 2011, em muita coisa da minha vida fiquei-me pela intenção!
E eu gosto de me sentir [e acima de tudo, considero-me] uma mulher resolvida, vamos lá dar a volta à inércia e parar com as desculpas e as mentirinhas autoimpostas para adiar aquilo que sabemos que nos faz bem e aquilo que também sabemos que queremos.
E quando precisamos de um incentivo é quando o sapo s'alembra da gente! É por isso que eu aqui me sinto em casa. E gosto tanto deste espaço e das pessoas com quem me cruzo [ainda que virtualmente] graças a ele.
E pronto... é só eu dizer que é desta que as coisas vão começar a compor-se e a entrar nos [meus] eixos e lá vem o sacana do Murphy querer provar-me o contrário.
Acontece que eu me sinto preparada para enfrentar o que vier aí. O ano novo que chegou trouxe-me a motivação e a coragem que me faltava.
Respirei fundo e vai de seguir em frente... tenho objectivos a cumprir em 2012 e se me deixo ir abaixo logo no ínicio do ano e com as primeiras contrariedades, então fico mesmo pelo caminho. E pelo caminho já fiquei em 2011.
Comecei a aceitar que vencer estas contrariedades todas fazem parte do meu percurso. E são também uma maneira de chegar ao objectivo final. Mais forte, mais experiente e mais satisfeita.
Aprender que contornar os problemas, adia-los ou ignora-los não é solução. Resolve-los, encontrar alternativas e enfrenta-los, esse sim, é o caminho. Aceitar o que não posso mudar e mudar o que tem que ser. Mesmo que seja eu própria.
Entretanto respira-se fundo, aproveita-se o bom tempo, como o do ultimo fim de semana para passeios pela praia.
Ou o frio destas noites para sentir o conforto de um banho e um chá quentes. Porque em todas as situações, há coisas boas para serem vividas. Aprendi com isto tudo que há sempre uma janela para onde posso olhar, de cada vez que sinto que uma porta se fecha.
O meu, passei-o em casa do P*, com os pés quentinhos e a tv ligada na casa dos segredos [please, don't ask]. Brindei e comi as uvas passas, todas de uma vez e pedindo um só desejo, já que mais vale poucos e bons [espero que resulte à mesma].
A verdade é que 2012, apesar da pouca euforia, entou em paz.
E era tudo o que eu precisava... apesar de tudo, senti-me tranquila e expectante. Motivada.
2012 não se avizinha fácil, mas confesso que estou confiante que este será um bom ano. Trabalhoso mas produtivo e enriquecedor.
No dia 1, pus um vestido bonito e maquilhagem leve, sentei-me em paz para almoçar e aproveitei o dia e a companhia de quem eu quis aproveitar. Porque esta é uma resolução minha para 2012: dar-me ao luxo de escolher a companhia e a quem me quero dar. Ainda que a proximidade fisica seja maior entre os outros, dou-me inteira apenas a quem quero e a quem merece o meu esforço e dedicação. Ainda que se encontrem a alguns km's de distância.
Mas existem mais resoluções.
Poupança: Não só pela crise, pela Troika e coiso, mas porque tenho projectos que quero tirar da gaveta e preciso de canalizar para eles, além do meu esforço, o meu dinheiro também. Acredito que irão ser compensadores, portanto há que arregaçar as mangas e acreditar muito. E levar estes sonhos e projectos todos para a frente é outro dos objectivos.
Investir em mim e colocar-me em primeiro lugar. Esta é importante. Em 2011 gastava o meu tempo todo a tratar de tudo à minha volta para DEPOIS eu me sentir bem e poder cuidar de mim. Lá está, eu vinha DEPOIS, sem perceber que só podia cuidar do que me rodeia, se estivesse bem e portanto, tenho que cuidar primeiro de mim.
