Enquanto esperava pela minha vez no gabinete de estética da moça que me cuida das belezas, comecei a folhear uma revista que estava lá no montinho ao lado do banco onde estava sentada...
De repente, numa página dedicada ao cinema, deparo-me com as estreias da semana e uns comentários aos filmes referidos, entre os quais ao 'Philomena' que já andava a querer ver. Lá começo a ler e de repente... pufff: ali escarrapachadinho estava o final do filme!! Resumindo: eu já sei como aquela merda vai acabar!!!
A fulana do prós e contras no outro dia sempre tinha razão... andam a entupir-se de absinto nas redacções, depois só fazem merda!!!
Desde que o reader acabou (e eu não procurei outro substituto) que a minha leitura a blogs de moda se alterou consideravelmente. E curiosamente, notei que isso se reflectiu muito na minha veia consumista.
De repente, deixei de ter urgência em comprar determinadas peças que via em fashionistas e as minhas compras diminuíram (lá está, o que os olhos não vêm…).
Depois, quando mudei de casa, em Maio do ano passado, as minhas prioridades e despesas eram outras e, claro, as minhas compras nesta área foram ajustadas. Não que tenha deixado de comprar completamente, mas comecei a comprar menos e melhor, e apenas aquilo que sentia que me fazia falta [e sem as influências dos looks do dia postados em todos os blogs, e sempre demasiado irreais para o meu dia-a-dia…]
A primeira situação fez-me perceber até que ponto é que estes blogs me influenciavam. E depois, a segunda, quando ao fim de uns tempos sem comprar nada na Zara e afins comprei umas peças, já em saldos, que andava a namorar à muito tempo. Ao contrário do que me acontecia anteriormente, em que chegava a casa com a peça nova e a usava de vez enquando, ali tive finalmente aquela sensação que tinha quando era criança e a minha mãe me comprava ou eu recebia uma roupa nova; em que a vontade de a vestir era imediata, queria levar aquilo p’ra todo o lado, sabem como é?… Faltava-me isto quando comprava alguma coisa, porque, na verdade, uma compra nova era uma coisa muito comum, via e gostava, podia, então comprava… não tinha aquele gostinho especial de quando via uma peça na montra e andava a juntar tostões para poder compra-la… E depois, quando finalmente entrava na loja e a dita era finalmente minha, ui, era a loucura.
Tudo isto, porque vejo posts repetidos em todos os blogs sobre os mesmos produtos, sobre as mesmas peças (a lingerie da H&M nunca foi, na minha opinião grande chaveiro, nem nunca teve qualquer direito a grande atenção por parte das ditas fashionistas, e agora, de repente é só a ultima coca-cola do deserto, querem ver?!), na rua as pessoas vestem-se todas de igual, são sempre as mesmas peças que esgotam nas lojas… são apregoadas ‘tendências’ que depois não vejo ninguém usar (não vi ninguém na rua este Inverno com um casaco rosa bébé… ainda estou à espera de ver o que acontece com a nova tendência do azul cueca!!)
Quantas vezes não acontece comprarmos determinada peça porque toda a gente usa, é gira e tal e depois chegados a casa, quando a vestimos pensamos que aquilo não diz muito connosco. Aliás, não tem mesmo nada a ver connosco e nem nos sentimos bem com ela e a dita acaba encostada no fundo do roupeiro?!
Adiante, comecei a escrever este post, para dizer que desde que reduzi as minhas compras e incursões pelo centro comercial, me sinto muito melhor, quer com a carteira quer com o que visto. E o facto de ter deixado p’ra trás algumas fashionistas (não todas, confesso, não deixei de ser gaja e de gostar destas coisas e futilidades típicas), só ajudou a reconciliar-me comigo e com o meu guarda-roupa. Coisa que às vezes me dava nervos... confesso, pronto.
Por cá nem por isso. É que me chegou a conta da EDP e se há coisa que me estraga o dia, são esses Srs.
Pois que continuo sem entender como é que um T1, do tamanho de um pombal (dos pequenos, porque existem pombais maiores que o meu apartamento, note-se) consegue gastar tanta electricidade?!
Não entendo, a sério que não… e se por um lado, eu já adoptei mil e uma estratégias para conseguir poupar e baixar a conta, a verdade é que a mesma não baixa: ronda sempre os 60 a 70 e poucos euros mensais.
Já troquei as lâmpadas, já retirei o brilho do televisor, desliguei no corta corrente os aparelhos quando não estou a utiliza-los (TV, box e afins). Reduzi um pouco a utilização do forno (a placa de fogão é a gás), apago as luzes quando saio de cada divisão, e como somos apenas 2 (que ainda por cima passam o dia fora a trabalhar) e a maquina de lavar roupa tem bastante capacidade, a mesma é ligada em média 1x/ semana… Já para não dizer que quando compramos os electrodomésticos, tivemos o cuidado de os escolher de classe A++
E sim, tenho cilindro, eu sei que consome mais energia eléctrica, mas a diferença é assim tanta?
Os banhos são curtos e a água quente é usada apenas para o banho.
Pensei em baixar a potência contratada, mas já me disseram que como tenho o cilindro, não convinha fazer isso. Por outro lado, também já me disseram que sim, que podia, tinha era que ter o cuidado de não ligar dois equipamentos ao mesmo tempo (tomar banho e ligar o forno por exemplo).
Não sei… não sei mesmo. Para já resta-me pagar a conta e não bufar.
Desde que entrei para o ginásio, em Setembro de 2013 que inciciei aquilo a que chamo carinhosamente de 'Operação Biquini 2014'. Ele é exercício, é creme anti-celulitico, é exfoliações, é massagens na Z* (uma querida, embora eu lhe chame muitos nomes durante a massagem!), e tudituditudi (ok, podia comer melhor, pronto)... no entanto, vendo a meteorologia nos ultimos tempos, começo a perguntar-me para quê este trabalho todo!
É que como eu não tenho guita para fazer férias fora, resta-me ficar alapada no areal da praia de Espinho. Só que não há areal!! Quer dizer, haver até há, está é todo espalhado entre as ruas 2 e 4.
''Pertantes'', quer-me parecer que estou com isto tudo, para acabar com o c* sentado na soleira do casino de Espinho!!
[sim, é muito parvinha, mas quase que me fez sair uma nabiça pelo nariz com o ataque de riso histérico que me provovou. Pronto, às vezes passam-me coisas destas pela cabeça... Qualquer dia ganho coragem e conto à médica de família!!]
Uma das coisas que mais me irrita profundamente é aquela conversa do ‘’Tu tens tempo para … (preencher com qualquer coisa, porque geralmente quando nos dizem isto, é para TUDO e mais um par de botas!) porque não tens filhos!!’’
Mas é claaaaaro!
Porque eu não tenho filhos, partem do principio que também não tenho mais nada para fazer. É que é meeeesmo isso!
Tenho tempo para me dedicar à columbofilia, para me inscrever num clube de jogo de sueca, e vai-se a ver, no meio de tudo isto ainda me sobra para um curso intensivo de mandarim!
Façam-me lá um favor:
Não me tratem como uma desocupada só porque ainda não gerei um rebento, sim?!
Tenho saudades deste espaço. De escrever aqui as minhas peripécias, as minhas tristezas... Das pessoas com quem me fui cruzando, umas apenas virtualmente, com outras cruzei barreiras e cheguei mais longe. Fui ao Seixal graças a este blog, para dar um abraço de aniversário a uma amiga que fiz por estas bandas. E tantas vezes penso nela e em como devia já lá ter ido mais vezes. Ela, que passou por momentos tão duros que me fez sentir o peso da impotência e me deixou a pensar que este abraço me faz mais falta a mim do que a ela.
Quando me mudei para a minha casa, pensei nela e em como gostaria que ela a conhecesse um dia. Porque, apesar dela não saber, foi um bocadinho com a força dela que consegui.
Fui até a Aveiro fazer uma das melhores amigas e confidentes que tenho hoje. Daquela com quem choro e rio, digo asneiras e falo a sério e sem pudores, tudo na mesma conversa, na mesma frase ás vezes. Provei os melhores éclairs do Porto com outra. Rumei a Norte e passeei Braga. Testemunhei alegrias, tristezas e desesperos, e pude, também eu, despir-me de pudores e auto-censuras e chorar tantas vezes perante elas.
Gostava de voltar aqui. Gostava de voltar a ler blogs de gente real. De gente que compra brincos em saldo na Parfois, faz compras no continente e almoça aos domingos em família (embora só veja gente com roupa zara, compras online de aveia biológica e jante sushi e almoce brunches). Pessoas assim como eu, com quem eu me identifique. Talvez por causa desta escassez, eu tantas vezes abra este blog e fique a pensar que não tenho nada para escrever. No domingo almocei o tradicional assado. Não gosto da Zara. E o ultimo sushi que comi, fui à meses.
Mas pronto... vou tentar voltar. Aos pouquinhos. :)