Pois é. Mas atenção que aqui a menina fez uma lista de coisas que andava a precisar (mesmo, entre tops de desporto, uma camisa para substituir a estragada e cenas que tais) e não se desviou da dita! Tudo em saldos e muito mais em conta que se comprasse noutra altura qualquer. Ah pois...
A camisa, por ser de ganga e de continuidade, não encontrei em saldos. Vai daí comprei na stradivarius por 19.90€.
No dia seguinte acompanho a minha irmã à Primark onde vejo camisas giras, de ganga, a assentar bem aqui à jeitosa por 11€. Pois! Trouxe uma.
E antes que ranhosem fiquem sabendo que a da Stradivarius será para devolver, uma vez que ainda tenho o talão de troca. Ahahahaha
Está na moda, logo não me encontro sozinha na demanda e a internet está cheia de posts sobre a coisa.
Um dos principios é viver apenas com 37 peças de roupa e não fazer compras durante os 3 meses de uma estação inteira. Aqui o homem lá de casa deve estar a bater palminhas de contentamento até com as narinas; se bem que pode parar por aqui porque eu não vou viver sem as minhas 3 leggins. Ah, mas essa não é a ideia e tu não és minimalista. Mas e seu eu efectivamente usar os 3 pares de leggins?
Andei a pesquisar mais sobre o conceito e o que decidi foi mesmo fazer uma limpeza às peças que não uso pelas mais diversas razões - assim de repente lembro-me de 3 calças de alfaiataria em tons castanhos (?) que não uso, uma data de jeans e da minha camisa de ganga que está estragada. E dos 356 echarpes dos quais uso meia duzia e assim de repente me lembro de um ou outro do qual me posso mesmo desfazer (ahahahahahaha)
É que esta coisa do minimalismo é mesmo muito relativa na verdade, apesar de só ler por aí cenas assim muito fundamentalistas da coisa. E se há coisa que eu rejeito sempre são os fundamentalismos. Se eu tiver 3 pares de calças e só usar 2, então de facto eu tenho calças a mais, no entanto se tiver 10 pares e os usar a todos, não vejo porque tenha calças a mais, por isso abrir o roupeiro e escolher só 37 peças não me faz assim tanto sentido. E a bem da verdade, eu não faço ideia de quantas peças tenho no roupeiro.
E depois há as constantes mudanças de clima todos os dias. Se hoje está um frio siberiano, amanhã não é assim tão anormal que nos calhe um sol primaveril e lá vou eu ter que ir buscar as peças mais frescas que não contabilizei nas tais 37 da cápsula-coisa.
Posto isto, a ideia é mesmo numa primeira fase destralhar o armário e depois tentar usar o que tenho sem cair na tentação de fazer compras. Coisa que já tenho vindo a fazer um pouco, até porque sou pobre, lá está.
Um dos objectivos para o novo ano é arrumar o que não me interessa e me faz sentir mal.
E num dos empregos, o pagamento é certo, embora o dia do mesmo nunca o seja. E isto a mim parece-me toda uma total desconsideração para com quem tabalha. Até porque eu sou certa nos meus horários, podem contar comigo todos os fins de semana e para o que precisam, no entanto, para pagar as minhas contas eu nunca posso contar com o salário. Ora, se não é para contar com o salário, então fico e casa e não conto com nada mesmo!
Todos os meses, quando ligo a saber do pagamento, sinto-me uma pedinte, o que é estupido, uma vez que trabalhei e ao pagarem-me não me estão a fazer favor nenhum! Mas é inevitável eu acabar por me sentir mal, melindrada e desvalorizada... Se a minha auto-estima nestes dias anda nas ruas escuras da amargura, isto tudo não me ajuda nada. Nadinha mesmo. (mentira, eu acho que na verdade nem auto-estima tenho, mas adiante...)
Este fim de semana terei a ultima conversa, mas desta feita é para me vir embora mesmo. Estou cansada, farta e ao fim de um ou dois meses nisto, acho que já é mesmo desconsideração total e absoluta, quer por mim, quer pelo meu trabalho.
... sou a unica que quando está a cozinhar e tempera algo com paprica, dá uma de Herman José a imitar a Filipa Vacondeus e com voz esganiçada vai dizendo: ''Páprica, muita páprica...'' enquanto se abana toda?!
Sou não sou?
Pois... às vezes acho mesmo que o meu caso é grave!
2017 por aqui começou mal. Muito mal diga-se já... mais valia ter ficado em 2016.
E desenganem-se se digo isto à laia da desgraça tipica do Português, sempre anuncidada - como ainda hoje ouvi: ''Então e 2017, está a correr bem?'' ''Oh não, credo, a minha tia até partiu o pulso!'' Desgraças, desgraças!!
Não é o meu caso. 2017 começa com um encaixotar de sonhos, desmanchar projectos e sacudir os tapetes para me lançar por outro caminho. Começa também com uma perspectiva nova das muitas relações que mantenho, familiares e de amizade e que talvez também tenham que ser revistas. Parar de investir o meu tempo e os meus esforços em algo que pura e simplesmente não dá! Afagar a cara depois das bofetadas levadas, refazer agenda, trilhar novos objectivos e sobretudo, não me deixar cair.