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E entretanto, chegam aqueles momentos em que tudo deixa de fazer sentido. As certezas que nos motivaram, os objectivos e os sentimentos que nos levaram àquela decisão óbvia e tão logicamente irreversível, deixam de fazer sentido. Nenhum!
Sentimos o mundo inteiro a conspirar contra nós, a fraqueza acaricia-nos a face e o corpo; as lembranças trazem-nos à memória aquelem colo quente, as mãos que conhecemos e que nos conhecem de cor. Os passeios que fizemos mostram-se à minha frente como se de um ecrã se tratasse e até o meu telefone parece saber o teu nº de cor. E de repente, passas a ser a solução mais obvia e apaziguadora à minha solidão. E na minha leviandade e cobardia abuso do teu amor, da tua disponibilidade, da tua fraqueza...
Por muito que tenhas errado, por muito que os motivos que me levaram a este afastamento sejam fores de mais, sejam obvios e inquestionáveis, nada, nada pode justificar a minha atitude. Eu sei...