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No dia 18 de Agosto, todos os anos, saímos juntos para te relembrar. Vamos sempre ao mesmo lugar. Onde tu adoravas ir.
No dia 19 o pai faz anos. Eu sei que ele não se lembra deste dia com muita alegria ou entusiasmo para comemorações, mas tentamos sempre não pensar nisso e assinala-lo de alguma forma. Levei o bolo da padaria aqui do lado do escritório. Eu sei que ele adora os bolos de cá. Estava bem disposto e até fez piadas à mesa vê lá tu. A E. foi fazer a amniocentese. Desconfiavamos por isso que o B. não aparecesse e ficasse com a mulher em casa... Acredito que vai correr tudo bem e o Rafael vai nascer sudável e forte... ainda se vai juntar ao Zé para fazer asneiras vais ver... só esperamos é que não tenham o mesmo sentido de humor. E então o B apareceu. Só faltou o M. e aqui nem sei que te dizer. Jantamos, partimos o bolo depois de cantarmos os parabéns daquela forma estranha do costume, em que cada um canta ao seu ritmo e quando um bate palmas já no fim, o outro ainda vai a começar a canção... só para ter mais piada. Temos todos muitas saudades tuas. E eu sei que tu sabes disso.