A força das palavras
Tenho a sorte de fazer o que gosto. Quando a oportunidade de trabalhar nesta área surgiu, tive medo. Muito medo, porque não tinha nada a ver comigo, com a área que estudava, ou com a ideia que tinha sobre o que me via a fazer no futuro.
Era exactamente o oposto. Trocar as ciencias por numeros. E logo eu, que era muito pouco (ou nada) dada às matemáticas. Descobri aos poucos os meandros desta actividade e posso dizer que comecei a gostar. Muito.
Apesar de adorar o que faço, que adoro, há dias em que a vontade de rodar a chave da porta e entrar neste escritório é nula. Em que me sinto injustiçada... Desvalorizada e vejo as minhas funções reduzidas ás funções que mais ninguém quer fazer.
Mas a verdade é que há outros dias, como o de hoje em que a disposição é outra.
E depois, aquele elogio ao nosso trabalho, surge.
E aí sinto, só pelas palavras acabadas de ouvir, que todo o meu esforço é recompensado.
