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Tenho que parar de dizer que estou cansada. Talvez eu seja a própria a exercer vampirismo a mim própria. É que começo sempre assim qualquer coisa que escreva sobre mim: ''Estou cansada''... acabo por acreditar nisto e entro num ciclo vicioso.
O grande problema também é eu não saber bem o que quero. Pronto, admiti. Porque eu quero ao mesmo tempo coisas tão distintas e opostas que o medo de perder um dos lados acaba por vencer. E é que ambas são importantes para mim, portanto não adianta virem com a cena do ''Tens que ver o que é mais importante nesta altura'' até porque, como eu já admiti antes, eu também não sei bem. That's the question: ''Eu não estou cansada, eu estou confusa!''
E com medo. Muito.
Um medo parvo e latejante que fica ali, a moer e a ecoar-me na cabeça e no peito e não me deixa avançar em nada. E depois, dou passos para o lado em vez de os dar em frente, sempre a adiar sonhos e projectos que tenho idealizados e que não passam disso nunca.