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É uma vergonha nunca vir aqui a este espaço tão meu. E quando venho é só para me queixar. Eu também já aqui disse que quando estou feliz, em vez de vir para aqui enfiar o nariz para descrever esse estado de felicidade, fico mas é a vivê-lo, só que pronto, já tem sido um abuso.
Na verdade esse motivo também se prende com o facto de eu não ter muito para contar (também já aqui disse que a minha vida não é lá muito interessante). Não tenho lido livros novos (sim, eu devo ser a ÚNICA pessoa na blogosfera que não está a ler a desumanização de Valter Hugo Mãe), nem tenho tido muito tempo para outras coisas que não as que normalmente faço.
Mas vou tentar viver mais, esse é aliás um objectivo para este Outono… Durante os meses mais frios, fico mais fechada, mais cabisbaixa, menos activa… tudo o que quero é o conforto de casa e mesmo na forma de estar e de me vestir, fico mais preguiçosa e prefiro sempre o conforto. Isto seria bom se eu não levasse este conceito ao extremo (se bem que ainda não me deu para andar de pantufas na rua, portanto também não devo estar assim tão mal).
Vou tentar apreciar mais as coisas boas que estas duas estações nos trazem. O conforto e o calor (do aquecedor e das mantas no meu caso, que o meu t1 não tem lareira), o chá quente e os bolos, os filmes no sofá, no cinema, o regresso aos livros (no Verão só leio revistas parvas na praia, e o menu no bar onde se bebem as caipirinhas), a comida boa e quentinha de forno (ai a comida!!)… Vamos ver se não me perco.
A verdade é que é muito mais fácil ser feliz no Verão. Nos meses mais frios, é mais fácil sucumbir ao que é fácil. E é mais fácil atirar-me nas lamentações das dores nos joelhos e do frio, do que me levantar e contrariar isso.