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Há dias (ou noites) assim. Em que batemos no fundo. Não vemos saída e a única coisa que nos sai da boca é ‘não é nada’ ou ‘está tudo bem’. Não que seja verdade, mas naquele momento também não chega sequer a ser mentira. Porque a resposta não nos sai. E não sai, não porque não a queiramos dar, mas porque também não a sabemos. A cabeça está em água e o peito está vazio.
Quando nos apercebemos, deixamo-nos ficar pelo caminho e já desistimos de nós; e mal nos conhecemos quanto mais gostarmos de nós próprios.