Auto responsabilidade
Quando resolvi lançar-me por conta própria na minha área profissional sabia bem que iria ser necessária muita presistência, sabia que não ia ser fácil, iria ser necessário muito trabalho e que as desilusões iriam fazer parte. Porque os processos demoram, porque nada nunca corre ao ritmo que desejariamos e porque há pessoas envolvidas. E as pessoas, sejam quem forem, tenham connosco o vínculo que tiverem (familia, amigos, colegas...), muitas vezes desapontam. É inevitavel e eu sabia.
Não sabia (ou não queria saber) é que iria ser tão frustrante. Tão destruidor.
Em conversa com uma amiga há uns tempos, dizia-lhe que me sentia sem apoio e ela responde-me: ''Demitiste-te de m emprego certo para te lançares por tua conta, sozinha e estavas à espera de quê?'' Senti isto que ela me disse como uma crueldade. Estupida nojenta, claro que estava à espera de outra coisa... afinal de contas, deram-me força quando tomei a decisão, disseram que me iam apoiar e que eu era capaz e coiso...
Pois. Só que não.
E uma das coisas que aprendi com isto, é que sim, devemos contar connosco e que há gente que se revela. E isso sempre serve para vermos quem e o que é que já não nos serve mais. Serve para aceitarmos as nossas pessoas e deixar ir quem não faz parte.
Não queria de todo que este post parecesse rancoroso ou amargurado, uma espécie de queixume do ai de mim que são todos maus e coiso... não se trata disso.
Trata-se apenas de percebermos que a jornada é nossa. Que não devemos colocar nos outros a responsabilidade do nosso caminho. E que tudo o que nos afasta daí, não é para mantermos na nossa vida.