Das pessoas na nossa vida.
Ás vezes dá-me para estas reflexões pronto. Falo das pessoas que temos na nossa vida. Algumas somos nós que escolhemos, outras aparecem-nos e vão ficando. Umas ficam mesmo para a vida. Outras vão saindo ou reaparecendo conforme os nossos dias, rotinas, disponibilidade...
Eu tenho muita sorte nas amizades. Muita mesmo. Tenho amigas a km's de distância com quem sei que posso contar sempre que precisar. Amigas que já me ajudaram muito, que se disponibilizam, que choram comigo. Riem comigo...
E é sobre este ponto que eu dei comigo a pensar hoje. Falamos e queixamo-nos muito das pessoas que não estão connosco nos momentos ruins, daquelas que só se disponibilizam quando tudo está bem e depois, quando precisamos de ajuda, conforto ou o que for, parece que não têm como estar ali.
Mas e o contrário? E quando temos na nossa vida aquelas pessoas que parece que só estão lá nos momentos mesmo maus... Têm sempre um ombro onde choras, um conselho... mas depois, quando estamos bem, quando queremos também partilhar algo bom, companhia, um café, um cinema, nunca podem, nunca têm tempo, nunca têm vontade... Nunca estão disponíveis para ti quando estás feliz e bem.
Aconteceu-me estes dias... tem acontecido. Uma pessoa de quem gosto mesmo muito e que me tem acompanhado há algum tempo. A semana começou da pior maneira e após um telefonema meu a horas impróprias de um Domingo à noite, a pessoa vestiu-se e disponibilizou-se mais uma vez para mim. Esteve efectivamente lá e disse-me um 'segue em frente e levanta a cabeça' que eu tanto precisava ouvir. Mas a verdade é que nunca mais soube nada no resto da semana. Antes disto tudo, tinha-a convidado para irmos ao cinema 4 vezes. Nunca pôde/ teve vontade/ disponibilidade, desculpas várias. Já para não falar dos convites para sair/ jantar/ beber um copo... que raramente aceita. Pelas redes sociais acabo por perceber que tem saído com amigas, tem-se divertido... fico a pensar se não serei a amiga da desgraça. A sério... Depois sinto-me mal, porque a pessoa me ajudou e eu dou comigo aqui a ranhosar sobre ela. Mas às vezes fico com a sensação de que só está comigo quando eu estou mal, que para me ver feliz não tem disponibilidade... ou então sou eu que coiso. Oh, sei lá...